É fato que os animais de estimação são considerados integrantes da família por muitas pessoas, que, até mesmo na hora de programar suas férias, buscam companhias aéreas em que possam viajar com animais. Mas você conhece todas as regras e dicas para poder acomodá-los com conforto e segurança dentro de um avião? A BigBlue traz essas informações para você:
Documentação necessária para viajar com animais
Primeiramente, deve-se levar em consideração que cada companhia aérea possui suas normas e regras para transporte de animais de estimação. Uma exigência comum é que o animal tenha mais de 4 meses de idade. Só é permitido o embarque de animais mais novos com expressa autorização de um veterinário. A maioria das companhias permite viajar com animais domésticos (cachorros e gatos) na cabine ou no compartimento de bagagens, mediante apresentação prévia dos seguintes documentos:
- Carteirinha de Vacinação – A partir dos 4 meses de idade, os animais devem obrigatoriamente possuir a vacina antirrábica, tendo sido aplicada entre 30 dias e 1 ano antes do embarque.
- Certificado Veterinário – Emitido por um médico veterinário, este certificado atesta que o animal possui condições de saúde para viajar. Deve ser emitido entre 10 dias e 72 horas antes da data do embarque, dependendo do destino.
- Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) – Este é um documento exigido para todos os voos internacionais. O certificado é emitido pelo órgão sanitário oficial do país de origem da viagem, garantindo que as condições sanitárias para o trânsito deste animal sejam cumpridas.
- Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos – Emitido pelo Ministério brasileiro da Agricultura, Pesca e Abastecimento (MAPA), o passaporte reúne documentos e informações exigidas para o transporte dos pets. Este é um documento oficial que agiliza o embarque. Mais informações aqui.
- Microchip – Alguns países exigem que o animal seja microchipado antes da viagem. Nesse caso, é necessário fazer o procedimento antes de todas as outras exigências e solicitar ao veterinário responsável que coloque o número do microchip em todos os documentos exigidos pelo país de destino. Pode ser necessária a apresentação de um certificado do procedimento no idioma oficial do país.
Depois de solicitar todos os documentos necessários para viajar com animais, será necessária a aquisição de uma caixa de transporte, pois, somente com ela, seu bichinho poderá embarcar em voos nacionais e internacionais.
Caixa de transporte
A caixa de transporte, também conhecida como Kennel, deve ser de material rígido para voos internacionais, ou flexível em caso de voos dentro do Brasil. Conheça as características exigidas:
- Material – Deve ser à prova de infiltrações, com piso absorvente, não sendo aceitos tecidos permeáveis, madeira ou palha.
- Trava – Deve ser de fácil abertura pela parte de fora, com dois pontos de fechamento.
- Porta – Obrigatoriamente feita de metal, a caixa deve conter uma porta que não permita o acesso às patas ou ao focinho do animal.
- Ventilação – Um dos lados deve ser totalmente aberto (porta) e os outros 3 lados da caixa devem conter saídas para circulação de ar.
- Peso – Para levar seu animal de estimação dentro da cabine, o peso da caixa junto com o peso do animal não pode ultrapassar entre 5kg à 10kg (dependendo da companhia aérea). Já para embarcá-lo no compartimento de bagagens, o limite de peso varia entre voos nacionais e internacionais, dependendo do país, sendo 45kg o máximo permitido na maioria das companhias aéreas.
- Dimensões – As dimensões podem variar de acordo com a companhia aérea, mas no geral, se você quer levar seu pet na cabine, precisa estar ciente que a caixa de transporte deve caber embaixo do assento à sua frente (o que, normalmente, mede no máximo 24cm de altura). Já no compartimento de bagagens, o limite máximo aceito pelas empresas brasileiras é de 61cm de altura. Para voos internacionais essa informação é variável. Se o seu companheiro é grande e precisa de mais espaço, ele deve ser transportado através do serviço de cargas da companhia escolhida. É importante lembrar que ele precisa estar confortável dentro da caixa de transporte, portanto a distância da cabeça do animal em pé até o teto deve ser de pelo menos 5cm e a caixa deve ter tamanho suficiente para que ele dê uma volta 360 graus.
- Suprimentos – É necessário prender ao kennel uma fralda descartável para que o seu pet faça as necessidades. Além disso, é preciso colocar um bebedouro próprio para o transporte, que vai preso à porta. Em alguns casos, é aconselhável incluir ração, dependendo do tempo de voo.
Taxa de serviço adicional
O transporte do seu pet é um serviço adicional que deve ser contratado junto à companhia aérea com pelo menos 48 horas de antecedência ao embarque, sendo limitado o número de animais por voo. Só é permitido um animal por voo dentro da cabine, portanto, não deixe para se informar na última hora!
- Voos Nacionais – As companhias aéreas brasileiras costumam cobrar uma taxa de R$ 200,00 para transportar seu animal na cabine em voos dentro do Brasil (essa taxa pode sofrer reajuste sem aviso prévio). Para o transporte no compartimento de bagagens, além da taxa, é cobrado um percentual da tarifa vigente no dia do embarque.
- Voos Internacionais – Para voos internacionais, as taxas variam conforme o destino e a companhia escolhida. Para voos na América do Sul com a Latam, por exemplo, a taxa varia entre US$ 20 e US$ 200,00.
Países que não permitem a entrada de animais
É necessário se programar com antecedência para viajar com animais e não sofrer com imprevistos. Alguns países não permitem a entrada de animais em voos com origem no Brasil, como por exemplo: Austrália e Nova Zelândia. Isso acontece porque a raiva já foi erradicada nesses países, portando os animais brasileiros representam uma ameaça aos animais locais.
Demais restrições e informações
Crianças menores de 12 anos, desacompanhadas, não poderão viajar com animais.
Alguns países podem exigir que seja contratado um despachante autorizado para receber seu pet. É o caso da Inglaterra, por exemplo. Essa contratação se torna obrigatória para verificação da saúde do animal e conferência dos documentos, principalmente nos países onde a raiva foi erradicada. Nesse caso, além da burocracia ser maior, os custos também são mais altos;
Por possuir focinhos achatados, as raças de cães braquicefálicos costumam sofrer mais em uma viagem de avião. Devido às vias respiratórias estreitas, podem ocorrer dificuldades respiratórias e alta sensibilidade à temperaturas extremas. Já foram registrados diversos casos de óbito em cães com essa anatomia e por esse motivo, diversas companhias brasileiras e internacionais proibem o embarque desses animais. Algumas raças braquicefálicas: Buldogue Inglês, Buldogue Francês, Pug, Lhasa Apso, Chow Chow, Boxer, Shih Tzu, entre outros;
A introdução de sedativos e remédios é totalmente desaconselhável pelos veterinários e empresas aéreas. Além disso, não há necessidade, pois a despressurização no compartimento de bagagens é a mesma da cabine e isso pode acarretar reações ao animal;
Uma dica importante é adaptar seu pet à caixa de transporte alguns dias antes da viagem, para que ele se sinta seguro e confiante.
Vale lembrar que as informações acima podem sofrer alterações e têm como objetivo esclarecer as principais dúvidas de modo geral.
Sempre consulte com antecedência a companhia aérea a ser contratada. E se quiser evitar dor de cabeça, consulte seu agente de viagens!
Depois de todos esses cuidados, é só curtir as férias na companhia do seu amiguinho. Boa viagem!!!
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